Publicado em 25 de janeiro de 2021

MOV: uma escola que vivencia o futuro no presente

Em uma era digital, todas as formas de pensar e fazer educação ficam mais fáceis com a intervenção das tecnologias, presentes nas atividades realizadas para crianças de todas as faixas etárias, estimulando o desenvolvimento do pensamento científico ainda na infância e, preparando a criança para o futuro. 

Assim está centrada a abordagem pedagógica da Escola MOV, inaugurada há dois anos, em Natal. Com foco no desenvolvimento integral dos estudantes, a escola propõe que eles utilizem seus conhecimentos e ferramentas disponíveis para resolver situações problema com consciência. Dando seguimento a metodologia da Escola Lápis de Cor, da qual é continuidade.

Ao longo de três décadas de existência, a Lápis de Cor tornou-se referência em Educação Infantil e Ensino Fundamental I graças a uma perspectiva educacional inovadora e transformadora para formação plena de estudantes e professores. 

E, agora, através da Escola MOV (Ensino Fundamental II), dá sequência a uma das teorias oficiais vigentes no Brasil: construtivista, quando o professor é mediador do conhecimento que os alunos já possuem e são convidados a experimentar situações e atividades interativas, nas quais ele próprio vai construir os saberes, o aprender a aprender.

Segundo Fellipe Albano, professor de Ciências da Escola MOV, a Base Nacional Comum Curricular – BNCC fala sobre a necessidade de trazer as tecnologias para rotina escolar, sendo essa uma das competências gerais da BNCC do Ensino Fundamental. “A idéia é que o estudante saiba usar as tecnologias para o bem e de forma consciente, seja resolvendo problemas ou produzindo materiais, o que é uma das competências trazidas pela base nacional”, explicou.

Os professores da escola MOV buscam ensinar os estudantes a usar a internet da maneira correta, orientando como promover trabalhos que eles próprios produzam ou, até mesmo, para caso se interessem em seguir carreira em uma profissão que seja necessário o uso das redes sociais, aplicativos e mídias. “Ao inserir as tecnologias na rotina escolar da criança, estamos pensando no futuro dela, porque a gente vê que a cada dia as tecnologias são mais necessárias para o desenvolvimento profissional e cidadão das pessoas”, contou Fellipe.

Na sala de aula é possível ver os resultados positivos, consequência da orientação e uso consciente da internet pelos estudantes. “Em uma atividade, as crianças criaram um formulário e, aplicaram o questionário com alguns funcionários da escola. Eles realizaram uma pesquisa sobre a questão do descarte do lixo. Cada um usou seu celular como instrumento pedagógico para fazer entrevista e coletar informações que depois foram analisadas pelos próprios estudantes”, relatou Ana Glória Barbosa, professora de Ciências da escola.

De acordo com Donatela Maria, professora da Língua Inglesa, o uso das tecnologias digitais nas aulas tem ajudado no aprendizado das crianças, tornando as atividades lúdicas e divertidas, motivando-os a aprender. “Eu uso jogos, ferramentas audiovisuais, powerpoint e filmes, mas os jogos clickers e carrut, por ser uma ferramenta de entretenimento, tem contribuído para uma interação maior dos alunos com o conteúdo da disciplina”, explicou.

“Eu acho isso (uso da internet nas aulas) uma coisa boa, porque a gente pode ter mais contato com aquilo que está a nossa volta o tempo todo, mas eu também acho que precisa de limites e não ficar usando o celular o tempo inteiro, somente nos momentos necessários, como ensinam os nossos professores”, disse Eloá Sanches, 12 anos, estudante do 8° ano da MOV. “Neste ano, a gente usou um aplicativo do sistema solar para saber as características de cada planeta e ver como eram as coisas há muito tempo atrás. Isso nos ajudou a ter uma noção daquela realidade”, acrescentou.

Neste ano, foi acrescentado um novo componente extracurricular as aulas: Educação Digital, que tem como objetivo trabalhar três vertentes, são elas; O uso da tecnologia digital em sala de aula (para tratar do uso consciente, solidário e responsável dentro e fora da escola); A criação de tecnologias digitais (para que os jovens não sejam apenas consumidores, mas também produtores de conteúdo) e a relação das tecnologias digitais com a sociedade (que trabalhará os impactos positivos e negativos que as novas tecnologias causam e como os seres humanos se relacionam com elas).

“Acredito que esse seja o nosso diferencial. A escola prepara os estudantes em vários âmbitos, mas esse lado da educação digital as vezes é deixado de lado e as crianças acabam ficando perdidas nesse novo ambiente virtual e expostas a diversos problemas como cyberbullying ou a própria insegurança digital, e a idéia do componente extracurricular é orientá-los para que usem de forma correta como ferramenta do seu processo de ensino-aprendizagem e, assim, impactem de forma positiva a sociedade”, explicou Lucas Vale, professor de História responsável pelo componente.

 

SMARTPHONE E TABLET TAMBÉM SÃO ALIADOS NA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E CONSCIENTIZAÇÃO DA COMUNIDADE

Empenhados em restaurar e preservar o Bosques das Mangueiras, conhecida área de lazer da zona Sul de Natal, os estudantes do 7°ano, atualmente no 8°ano da Escola MOV, idealizaram o projeto interdisciplinar chamado “Operação Bosque”, que trabalha as noções de sustentabilidade, destacando a conscientização ambiental e social. A iniciativa propõe demonstrar a importância de preservar a natureza e conservar áreas públicas para que as gerações futuras tenham acesso aos mesmos recursos que eles estão tendo hoje. 

Uma das ações realizadas pelos jovens, através do projeto, foi a instalação de plaquinhas com código QR Code – que os visitantes, ao aproximar o celular com a câmera ou aplicativo específico, podem encontrar vídeos produzidos pelas próprias crianças com curiosidades sobre as plantas nativas do lugar. 

“Os estudantes perceberam que não existia a identificação das espécies de plantas nativas e, trazendo a tecnologia que eles já utilizam em sala de aula, produziram as plaquinhas com o código QR Code – Uma estratégia para ajudar na preservação e valorização do bosque”, explicou Fellipe Albano, professor de Ciências e orientador do projeto.